segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

OSTRA-VIDA.


Eu queria ser uma ostra,
dentro de si mesma, inviolável
criando minha própria linguagem
para sempre a todo instante
incomunicável, desde tempos
imemoriáveis, sem pressupostos
ou pretenções de verdade
eu apenas queria ser ostra.

Eu queria ter uma ostra
uma palavra hermética qualquer
para colorir de preto e branco
o amargo azul e vermelho
pintado por todos os lados;
eu queria ter outra ostra
para permanecer como ostra
sem que meus medos
estivessem à am-ostra.

Eu queria estar numa ostra
como prisioneiro deste abrigo
asilo infinito, eterno, inviolável,
por uma infinidade de tempo
ser esquecido numa ostra
para recriar o próprio conceito
que todos fazem de liberdade,
para superar o próprio conceito
que todos têm da própria ilusão.

Eu queria transformar meu quarto
numa grande ostra robusta
para, aqui dentro, solitário e sombrio,
ter somente o imponente vazio
como companhia silenciosa;
Eu queria superar a fase de gente
pois isso faz de mim um deformado,
e, em determinadas horas do dia,
ficaria apenas metade vivo
e as o(u)stras, metade ostra.




Vinicius Falcão
01/09/07

domingo, 26 de agosto de 2007

Um pouco de metalinguagem

Meu discurso nunca é seco
Como um rio intermitente
Que só aparece com chuva
Meu discurso é sempre cheia
– não é mero rio afluente
que passa dia sim outro não –
Passando meio-dia na mente
De todos os vivos ou mortos
Ou de quem nem nasceu ainda
E também na dos semi-mortos.

Falo para os que não ouvem
Aquilo que às multidões
Profetas não querem falar.
Algum dia vou poder dizer
Sem que eu consiga ouvir
Dessa forma, o meu discurso
É devir e metalinguagem
Fora das grades que me prendem
– dá ênfase nos sentimentos
que ocorreram no pretérito.

14/04/07
[VINICIUS FALCÃO]

Lembranças de não-liberdade

Longe, a Liberdade contempla o Medo
De estar presa no tempo, quase estanque
Em Braços nefastos, Braços de sangue;
Assim Ela não pôde voar no mundo.

Esse sentimento fica um segundo
Numa dimensão sem tempo ou lugar
Sem a proteção do negro Luar
Que guardava seu mistério profundo

Esse sentimento, quase natimorto
Pára entre brumas esquizofrênicas
E contempla mentes oligofrênicas;

Esse sentimento, que foi sempre torto
Mora entre as brumas rutilantes
Fingindo ser mais que simples instantes


31/05/07

[VINICIUS FALCÃO]

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Um pouco de metalinguagem


Meu discurso nunca é seco
Como um rio intermitente
Que só aparece com chuva
Meu discurso é sempre cheia
– não é mero rio afluente
que passa dia sim outro não –
Passando meio-dia na mente
De todos os vivos ou mortos
Ou de quem nem nasceu ainda
E também na dos semi-mortos.

Falo para os que não ouvem
Aquilo que às multidões
Profetas não querem falar.
Algum dia vou poder dizer
Sem que eu consiga ouvir
Dessa forma, o meu discurso
É devir e metalinguagem
Fora das grades que me prendem
– dá ênfase nos sentimentos
que ocorreram no pretérito.

14/04/07
[VINICIUS FALCÃO]

sábado, 14 de julho de 2007

BUM

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Depression
The fault of your depression
Is yourself mind
The guilty of your depression
Is yourself

Depressive people
Are fault of theirs
Depressive condition
They like depression
They want to be depression
They think depression is good
They want crutches
Something or somebody
Where can rest yours bodies
Where can rest your life

Depressions people
They need to jump from a window
Everyday on the midnight
And they want that there is some rest
To save them

Depressives people
They say that like the shadow
They say to be gothic people
They want to be keep for someone
They want to do this person
Your property forever

When they have this people
Each of them don’t be content
With all attention...
Because all people attention don’t be enough
Depressive people want your life and a fell more
Depressive people want to suck your vitality
When they are with who they wanted
They want to make this people be depressive too
They like depression more and more
And they like (depression) more than people-crutch
They like (depression) more than themselfes

Depressive people
I can’t understand them
I was like them someday
I can’t understand what I was like this
I’ve forgot what I was
I’ve made other person
Inside myself
With ruins of what I was someday
I’m loathingly with depressive people
I’ve wanted to be so far from this people
I’ve wanted to make a new world
Where depressive people couldn’t live
Where depressive people would like to die
Or would like don’t be depressive
I would like to live in a world
Where always all the people have a truth life.

I’ve wanted to kill depressive people…
I already killed what I was
I already ruin what I was…
But I don’t think that I could forget
Because if I forget I’ll kill my angry of depressive people
And my angry is the way that I have for don’t be depressive.